terça-feira, 27 de setembro de 2011

Um pouco sobre a cultura Guarani

Os Guarani somam, hoje, aproximadamente, cinco mil pessoas em território brasileiro. Quando da chegada dos portugueses, os Guarani ocupavam uma região que se estendia pelo litoral de Cananéia até o rio Grande do Sul. Hoje ocupam o litoral do Estado do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, além de áreas na Argentina, Paraguai e Bolívia. Tais regiões estão associadas ao seu território tradicional e outras, como o litoral de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, têm ocupação mais recente, decorrente de um fluxo migratório iniciado no século XIX.  
Há três subgrupos Guarani: os Kaiowá ( principalmente em Mato Grosso do Sul), os Nhandeva (Paraná e São Paulo) e os Mbyá ( entre eles, os do Estado do Rio de Janeiro).
A relação que os Guarani estabelecem com a natureza, os espíritos e os seres humanos (Guarani ou não) é orientada por um conjunto de regras e normas de conduta. São elas que compõem a estrutura das relações sociais (entre as pessoas) e cosmológicas (com os espíritos e o sobrenatural), denominada nandereko, que pode ser traduzido como nosso modo de ser.
Para viver conforme seu nandereko, os Guarani precisam se assentar sobre um lugar que reúna algumas condições básicas. A escolha do espaço é feita segundo a orientação dos deuses, que a transmitem aos xamãs (rezadores). Nesse lugar, organizam sua aldeia, que chamam tekoa onde podem plantar, pescar, caçar e coletar todos os materiais que necessitam para fazer suas casas, cestos, arcos, etc. No tekoa materializam sua tradição cultural, isto é, suas relações de parentesco, de rezar, de brincar, enfim, de viver.

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