terça-feira, 15 de maio de 2012

Casa: farinha e ralador | o universo da casa | os Galibi Kali'na - última parte

Com a matéria de hoje estamos encerrando a nossa  série POVOS INDÍGENAS DO OIAPOQUE. Esperamos que vcs tenham aperfeiçoado seus conhecimentos na causa indígena brasileira. Até a próxima série.




O processamento da mandioca, da qual existem muitas espécies, se realiza na casa de farinha, chamada naquela região de cabê (do francês carbet), uma pequena construção aberta, com teto de palha, edificada nas roças ou na cercania de um igarapé.
As mulheres de uma família extensa, muitas vezes com a ajuda dos homens, processam, cotidianamente, estes tubérculos para o consumo e a venda. A produção é enorme; algumas aldeias conseguem exportar, especialmente para a Guiana, no caso dos Palikur, mais de duas toneladas por mês.
O processamento da mandioca, da qual existem muitas espécies, se realiza na casa de farinha, chamada naquela região de cabê (do francês carbet), uma pequena construção aberta, com teto de palha, edificada nas roças ou na cercania de um igarapé.
As mulheres de uma família extensa, muitas vezes com a ajuda dos homens, processam, cotidianamente, estes tubérculos para o consumo e a venda. A produção é enorme; algumas aldeias conseguem exportar, especialmente para a Guiana, no caso dos Palikur, mais de duas toneladas por mês.


Imagem retirada do site
cpeleja.fotoblog.uol.com.br

As casas no Oiapoque são, na maioria, palafitas de plano retangular com paredes e assoalhos de tábuas de madeira. Uma pequena escada permite o acesso à entrada. Há, geralmente, uma ou várias divisões internas, separando a sala dos quartos de dormir. Normalmente, dormem em esteiras de junco cobertas por um grande mosquiteiro, onde repousam o casal e filhos pequenos. Hoje, também, usam redes e camas.
A cozinha é uma área parcialmente aberta, atrás da casa, onde há um fogão de barro e, às vezes, um fogão a gás. A “mesa” para a refeição é posta no chão, quando a família se reúne para comer o peixe assado ou fervido acompanhado de farinha, sal e tucupi.
Não há muita mobília nas casas. Hoje, entretanto, a maioria possui uma televisão e uma antena parabólica, além de um prosdócimo, como dizem os índios, ou freezer, que permite preservar alimentos e gelar bebidas.
No centro da casa de um pajé, encontra-se a tukay, lugar onde ele recebe seus clientes doentes, faz os diagnósticos e receita os remédios para a cura. A sessão de cura chama-se xitotó ou cantarola. A tukay é um espaço fechado por um grande mosquiteiro. Nela, há um pequeno mastro, além do banco zoomorfo e o pakará do pajé. Quando chama seus karuãna para diagnosticar uma doença, ele canta e fuma charutos.




Os Galibi vivem à margem direita do rio Oiapoque, na aldeia São José, situada no lado brasileiro. Estão localizados a 30 minutos de barco da cidade de Oiapoque e um pouco abaixo da cidade de Saint-Georges, situada no lado francês. A denominação Galibi também se refere aos índios que vivem na Guiana Francesa (3 mil índios aproximadamente), Suriname e Venezuela. Na Guiana Francesa, eles se denominam Kali’na.
O grupo que vive na aldeia São José do Oiapoque é composto por uma família extensa, chefiada pelo Senhor Geraldo Lod, que, em 1950, com a anuência das autoridades brasileiras, migrou de Mana, na Guiana Francesa, para o Brasil. São 45 pessoas, morando permanentemente na aldeia. Alguns vivem em Oiapoque, onde trabalham, sempre retornando à aldeia nos fins de semana e durante as férias.
A subsistência provém basicamente da agricultura. Todo homem Galibi que se preze tem uma roça bonita, da qual cuida diariamente junto com sua família. As “galettes” de mandioca são uma especialidade deste povo: é um tipo de beiju de mandioca ralada, bem grosso, e, quando seco, pode-se conservar durante meses.
A cosmologia indígena passou a englobar conhecimentos cristãos aprendidos nas missões. São católicos, havendo cultos todos os domingos.

Texto e imagens (exceto a imagem identificada) retirados do site http://oiapoque.museudoindio.gov.br/exposicao/oiapoque/

Nenhum comentário:

Postar um comentário