sexta-feira, 13 de julho de 2012

A DIFERENÇA NA IGUALDADE




Muitas pessoas falam de Índio como de fosse um único ser, como se levasse a mesma forma de vida, como se comessem as mesmas comidas, e tivesse todas as vestimentas em comum. Generalizando apenas o ser “Índio”.
Agora ao pensar no Índio vamos levar esse termo para o coletivo: Povos Indígenas do Brasil. Esse termo criado a partir das décadas de 70 para unificar o movimento de luta pela Terra que vinha sido encadeada pelos povos indígenas em todo país.
Mas se formos levar, por exemplo, para cada estado federativo essa pluralidade aumenta cada vez mais. Vejamos como a diferença entre cada povo é imensa: Em Roraima, estado do norte do Brasil tem os povos: Makuxi, Wapichana, Taurepang, Ye’Kuana, Yanomami, Sapará, Patamona e Wai-Wai. Esses mesmos vivem em diferentes áreas, nós Makuxi moramos uns nos lavrados (região de baixa, onde tem grandes campos e poucas arvores grandes) e outros nas regiões serranas do estado. Os que moram no lavrado consumem mais o Pajuarú (bebida feita de beiju de mandioca – com tempero para fermentação), o povo Makuxi da região serrana consumem mais o Caxiri (bebida feita de mandioca, feita de massa cozida), Entre outras diferenças também podemos citar as religiões: os Taurepangs, seguidores da religião Adventista que se diferenciam dos Makuxis que têm sua maioria católicos e ambos já se diferenciam da religião tradicional do povo Yanomami, que mora nas regiões de matas fechadas
Outra diferença é a língua de cada povo, cada etnia tem um idioma diferente do outro. Na Terra indígena Yanomami vivem também o Povo Ye’Kuana, que embora dividam os mesmos lugares de caça, de pesca e de moradias falam idiomas diferentes.

Também se percebe diferença na alimentação, que varia de povo para povo e de região para Região. Um exemplo claro é na Raposa Serra do Sol, Terra Indígena com vasta extensão territorial situada na Fronteira com a Venezuela e Republica das Guianas. Essa T.I se divide em três etno-regiões: Surumu, Baixo Cotingo e Serras. Na região do Surumu (que leva esse nome devido ser cortada pelo rio Surumu), é predominante a pesca de peixes grandes. Por isso a alimentação é baseada na damurida (aqui merece uma pequena explicação), no peixe assado, cozido e moqueado. Na região da Serra, onde os rios não são predominantes de peixes grandes, é consumido mais a Damorida de Piaba (peixes pequenos). Assim como também nos utensílios, os cocares por exemplo, Peneiras, e artesanatos e ornamentações do corpo do Estado.


Cocar confeccionado pelo Povo
da Etnia Macuxi
Cocar confeccionado pelo Povo
da Etnia Wai-Wai
 Então podemos observar que embora todos nós recebemos o nome de Índio, dentro desse mesmo nome não podemos deixar de considerar nossa etnia, que se diferencia dentro de estados federativos e dentro do Brasil.
Cada etnia fala sua língua, consome suas comidas, suas bebidas, faz suas danças, canta seus cantos e tudo de uma forma diferente, nenhuma é igual a outra.

Imagens e textos retirados do site:

Nenhum comentário:

Postar um comentário